DESENVOLVENDO UM MELHOR BHAVA
Cada um de nós tem algum BHAVA. Infelizmente, muitos de nós desenvolvemos um BHAVA de expor-se aos deleites do pensamento mundano. Este BHAVA é a energia que nos leva a desejos negativos e ineficientes, levando-nos a agir de modo prejudicial ao nosso progresso em direção da harmonia.
Felizmente o BHAVA é contagioso e através da associação com seres divinamente motivados, somos capazes de desenvolver o bom BHAVA.
Veja como o Senhor Rama instruiu Mata Shabari para desenvolver o BHAVA da devoção. Inicialmente o Senhor hesitou em instruí-la pois ela já era devota. Entretanto ela ternamente o convenceu a instruí-la. ( Página 27 de SHREE MAA: The Guru & The Goddess) " O primeiro passo é se associar com pessoas santas (satsanga) e o segundo é desfrutar histórias da divindade e pessoas divinamente inspiradas. O terceiro passo de devoção é sentir-se privilegiado por realizar serviço inegoísta como uma expressão de amor, enquanto o quarto passo é cantar as qualidades ou características divinas sem qualquer motivo egoísta. O quinto passo de devoção é recitar mantras com total fé. Este é o caminho iluminado pelos Vedas. O sexto passo é executar todas as ações com tranqüilidade e ver cada circunstância como uma oportunidade para manifestar a perfeição. O sétimo passo é ver o mundo como igual a Deus e considerar a companhia de pessoas santas como uma grande oportunidade para a percepção de Deus. O oitavo passo é estar satisfeito com o quer que seja que a pessoa recebe como fruto de suas ações, e não olhar as faltas dos outros. O nono passo de devoção é permanecer na simplicidade todo o tempo, renunciando a cumplicidade com fins egoístas e deleitar-se na fé em Deus."
Essas palavras inspiradoras de DEUS são uma maravilhosa garantia para todos nós.
O BHAVA DE DEVOÇÃO MISTURADO COM A SABEDORIA
Juntamente com esta famosa receita de devoção dada pelo Senhor Rama, nos esforçamos para desenvolver a SABEDORIA. Swamiji descreve a mistura de devoção e sabedoria como se segue: "Sabedoria e devoção são as duas pernas que carregam o buscador ao longo do caminho. Expressamos nossa sabedoria através de nossas práticas devocionais. Esta expressão de nossa devoção nos motiva a aprender mais, e quanto mais aprendemos o modo de expressar nossa devoção, mais podemos implementá-la. Usando essas duas pernas o buscador segue em frente, passo a passo em direção à jornada da bem aventurança.
DESENVOLVENDO A SABEDORIA
Métodos de usar a escritura em adoração.
Swamiji diz que há duas formas de energia, Vachak e Vaikarak, em cada escritura do Sanatana Dharma. A primeira forma de energia, Vachak é uma definição literal, é o que podemos intelectualizar; os métodos , processos e atividades. Há uma segunda forma de energia na escritura que não pode ser comunicada somente por um entendimento no plano intelectual. É chamada Vaikarak ou entendimento intuitivo. O único modo de adquirir esse nível de entendimento é praticar a escritura.
Quando nós nos sentamos em um asana e cantamos em um tom correto prescrito na escritura, com respiração, pranayama, conforme o ritmo da poesia Sânscrita, com o BHAVA de respeitosa atenção (mente aberta à aprendizagem) nós conseguimos um entendimento intuitivo do significado intelectual. Nos tornamos os caracteres da escritura. Shree Maa diz, que nesse caminho você se move do plano do intelecto para o iluminado intelecto intuitivo.
Isso leva nossa mente a dar um grande salto para desenvolver o BHAVA de entender a escritura dada por um sadhu milhares de anos atrás.
Considere por exemplo que a maioria das traduções de Swamiji, e a sua escritura preferida, o Saptashati (Chandi Path) é escrita como histórias: a história de um negociante e um rei ouvindo sobre uma gloriosa guerra com místicas características faladas por um grande sábio. Uma investigação passageira reconhece uma história interessante em um tempo que já passou. Mas, espere, dê uma olhada mais de perto e verá que tem em mãos uma extraordinária realização. Examine o método no qual a escritura foi escrita. No começo de cada capítulo está descrito a métrica para cantar, as palavras são cuidadosamente selecionadas para codificar um segredo profundo, os mantras são envolvidos em uma matemática precisa. Intencionalmente são ilustrados por claros exemplos.
O que nós vemos aqui é mais que uma história, é uma jornada sistemática que se aplica a qualquer ALMA. Cada palavra é relevante para esta era de tecnologia assim como o foi no dia em que foi escrito. E ainda, estamos somente começando a entender o significado.
Examine o esforço que isso tomou para ser passado para você e para mim. A escritura de centenas de versos com total precisão matemática estava gravada na mente de uma pessoa realizada. Veja você, que ainda não estava escrita. Ela foi cuidadosamente falada a um grupo selecionado de discípulos com o propósito expresso de manter essa precisão nas palavras, no canto e na habilidade para liberar energia intuitiva para aquele que a pratica. Por centenas de anos foi passada de geração em geração com todo cuidado. Certamente isso não é apenas uma história, é mais que isso! Resulta em muito entendimento também.
Considere Swamiji, um sadhu Americano, que se dedicou durante anos num esforço para aprender a escritura. Ele pode recitar o Chandi Path, todos os 700 versos em 1 hora e 4 minutos. Pode fazer isso de frente para trás e de trás para frente perfeitamente, pronunciando cada sílaba na métrica correta. Ele pode fazer isso durante todo o dia com perfeição. Ele é um mestre ou um estudante? Bem, ele se considera um estudante, veja você que isso não passa de humildade. Ele ficou em uma pequena sala numa cidade montanhosa na Índia (Rishikesh) num esforço superhumano para aprender palavra por palavra o entendimento da escritura. Não só sua história, mas seu significado também. O significado chega lentamente, à vezes ele agoniza sobre uma simples palavra por semanas, mas finalmente surge. É ele um mestre ou um estudante? Ele é ambos. Esta tem sido a expressão de seu amor , um amor tão intenso que dormir ou perder tempo não é uma opção. E agora ele pratica, mas é uma expressão de amor: Amor pela Mãe e por nós. Seu esforço é para alcançarmos tanto quanto ele pode fazer. Para nos ajudar também a desenvolver e manter esse BHAVA e seu trabalho não estará completo até que cada um de nós estejamos purificados, até que o BHAVA CÓSMICO expresse a mesma pureza. Isso é adoração sem dúvida.
Swamiji ilustra com seu exemplo o BHAVA de amor pelo ISHTA DEVA (a forma que uma pessoa visualiza como divina ). Este amor e relacionamento resultante com seu ISHTA torna-se mais e mais real, até que seja tudo o que importa. Então a pessoa é capaz de dedicar corpo e mente a um permanente esforço para realizar e finalmente tornar-se a divindade. Este é também um exemplo de como ser espiritual, o qual Swamiji explica, " Ser espiritual significa dar mais que receber". No Devi Mandir estamos nos esforçando para viver a vida de Brahmins. Um Brahmin tem seis karmas: aprender, ensinar, adorar para si, adorar pelos outros, dar o que pode e somente aceitar o que é oferecido com amor".
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